Saiba as diferenças, vantagens e desvantagens de cada material

Existem muitos modelos diferentes de bicicletas, entre bikes de estrada, mountain bikes, híbridas, gravel, BMX e outras. Também existem vários tipos de materiais usados para a construção dos quadros e das demais partes da bike. O material de que o quadro é construído influencia em fatores como peso, performance e conforto, além do preço final da bike.

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Nenhum material é “perfeito”. O que importa é escolher o que tenha as características que você está buscando para a sua bike e o seu pedal.

“É importante lembrar que também existem muitas graduações dentro de cada material. Não existe só um tipo de alumínio, nem só um tipo de fibra de carbono, por exemplo”, diz Talita Noguchi, proprietária do Bar e Bicicletaria Las Magrelas, em São Paulo. “Para cada um deles, você pode encontrar desde tipos mais simples e mais baratos até tipos melhores e mais caros”.

Confira as características, vantagens e desvantagens dos principais materiais, e lembre-se de levar isso em consideração quando for escolher sua bike.

ALUMÍNIO

É o material mais comum na fabricação de bicicletas atualmente, por unir leveza, resistência e conforto a preços acessíveis. Bem rígido, responde bem ao pedal, transferindo boa parte da energia do ciclista em forma de performance.

“O lado ruim é que ele absorve pouco ou nenhum impacto, deixando o pedal menos confortável”, diz Talita. Assim, não é ideal para pedais muito longos ou para explorar estradas de terra ou cascalho.

FIBRA DE CARBONO

É o material preferido para bikes de estrada de alta performance. Sua principal qualidade é a leveza, significativamente maior do que modelos de alumínio, aço ou titânio. A flexibilidade do material também significa uma absorção de choque maior, tornando o pedal mais confortável.

Sua maleabilidade também permite explorar formatos e geometrias diversas, maximizando a aerodinâmica da bicicleta. “A trama do carbono pode ser diferente em cada ponto do quadro, maximizando a performance e o conforto oferecidos”, aponta Talita.

Por não ser um metal e sim uma superposição de fibras, ele também é bastante resistente à corrosão. No entanto, sua fragilidade é maior, e o preço também. “Mas não é tão frágil quanto pensam que é”, diz Talita.

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AÇO

O aço já foi o material mais utilizado na construção de bikes, mas ele foi aos poucos sendo substituído pelo alumínio e pelo carbono. A mudança aconteceu por duas razões principais: peso e custo de fabricação.

“A parte positiva do aço é o seu preço final, que é mais acessível”, diz Talita.

O aço continua sendo uma opção popular para quem quer construir uma bike sob medida, especialmente para bikes de cicloturismo (construídas para encarar longas distâncias). Ele também é muito confortável e resistente, podendo ser facilmente consertado se amassar ou quebrar.

No entanto, é o material que é mais suscetível à oxidação. “Uma opção melhor neste caso é o Chromoly, que são bikes de cromo-molibdênio, uma liga de aço mais resistente à oxidação”, explica Talita.

TITÂNIO

O titânio é um dos melhores materiais para bicicletas

O titânio é um material muito usado por quem constrói bikes sob medida, por ter as mesmas propriedades do aço mas ser muito mais resistente à corrosão. Leve e robusto, muitas vezes quadros de titânio têm garantia vitalícia, tamanha sua durabilidade.

O material também é conhecido por oferecer bastante conforto, e é uma escolha popular para bikes de estrada, cicloturismo e mountain bikes hardtail. Também é mais fácil de consertar do que alumínio ou carbono.

Leve, duro e resistente, transmite bem a energia do ciclista para o pedal. “É o material dos sonhos, mas é super caro”, diz Talita.